quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A adequação e inadequação da atividade física e esportiva para a criança e o adolescente.

São inúmeras as preocupações que envolvem a participação da criança e do adolescente nas atividades físicas e esportivas, mas a competição no esporte é a que mais tem chamado a atenção de pais, professores, médicos e pesquisadores.
Alguns apontam que a disciplina e cooperação exigidas na competição contribuem para a formação de uma personalidade sólida de crianças em desenvolvimento.
Outros acreditam que a competitividade adquirida no esporte é transferida para a competitividade na vida e que assim “prepara” melhor para enfrentar a vida.
Há ainda aqueles que consideram o treinamento para a competição um fator importante para o desenvolvimento por proporcionar melhor condição física e assim contribuir para uma vida saudável.
Por outro lado inúmeros pais, professores, médicos e pesquisadores da área acreditam que o envolvimento precoce e sem restrições da criança em competições no esporte pode trazer riscos a saúde além de provocar efeitos psicológicos negativos ao desenvolvimento harmônico da personalidade.
É sem dúvida um assunto muito controverso. Os conhecimentos científicos acumulados ainda não permitem tomadas claras de posição.  Assim as discussões à respeito devem ter uma base de argumentos com evidências em estudos já realizados.
 É importante ressaltar que as crianças necessitam de oportunidades, motivação e orientação em uma grande variedade de atividades físicas diárias e assim desenvolver suas capacidades de movimento.
            Não se deve ver o esporte somente pela perspectiva da competição. Eventuais restrições à participação em competições no esporte não devem ser interpretadas como restrições à prática de atividades físicas, isso é inadequado.
Também devemos lembrar que as atividades físicas são essenciais para o desenvolvimento da criança e que os movimentos são de grande importância biológica ao organismo, mas que a importância das atividades físicas não se restringe ao as aspectos biológico. Mover-se é também expressão e sentimentos que podem ser manifestados através de movimentos.
Para analisar se a criança está ou não “pronta” dois conceitos devem ser considerados “prontidão” e período ótimo de aprendizagem.
Prontidão está relacionada com a noção de maturação e desenvolvimento. Sendo a maturação definida como mudanças físicas e comportamentais que ocorrem como resultado de um processo inato de crescimento. É portanto uma função dos mecanismos intrínsecos do organismo que guiam o curso de desenvolvimento. Esses mecanismos são sensíveis a inúmeras forças ambientais (dieta, doenças e uso) que influenciam a velocidade do processo.
Embora a maturação seja uma força dominante nas fases iniciais do desenvolvimento, a aprendizagem se torna cada vez mais importante à medida que a criança  interage com o meio ambiente. Assim não se trata de determinar o que é mais importante, maturação ou aprendizagem, mas sim a interação entre estes dois processos e suas mudanças no decorrer do desenvolvimento.
As demandas do esporte são complexas e envolvem componentes físicos, motores, cognitivas psicológicas e sociais. Portanto, a “prontidão” para participar está relacionada com a associação entre o estágio de desenvolvimento e estas demandas. Quando o estágio de desenvolvimento é incompatível com as demandas temos as conseqüências indesejáveis.
Período ótimo de aprendizagem está baseado na noção de períodos do desenvolvimento ótimos para influenciar o comportamento e promover a aprendizagem. Pressupõe que as capacidades necessárias para aprender a habilidade estão presentes na criança, ou seja, a prontidão. Antes desse período esforços resultam em pouca aprendizagem.
Importante lembrar que não existe um único período ótimo para todas as aprendizagens. Para cada padrão de comportamento existe um período adequado.
Várias “prontidões” devem ser consideradas, como a psicológica e social, a cognitiva e moral, a motora e a prontidão física e fisiológica, que abordaremos a seguir e mais extensamente.


Prof°.  Dr°. Luzimar Teixeira
Universidade de São Paulo – USP
Instituto Punin de Informação e Referência em Asma - INSPIRA

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Atenção! Dia 12 de março palestra gratuita: Asma e Rinite - Asma na infância com Dr. Bernardo Kiertsman das 10:00hs ao 12:00hs no Circulo Militar de São Paulo.

 

O que é ASMA


Nós sabemos que a asma é uma doença inflamatória dos brônquios e esta inflamação diminui o diâmetro da via aérea, dificultando a passagem do ar. Os sintomas são: tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito.
A Organização Mundial de Saúde avalia que aproximadamente 100 a 150 milhões de pessoas no mundo têm asma e este número vem aumentando. A asma é um problema de saúde pública em paises desenvolvidos e em desenvolvimento. Ocorre em todas as idades e todas as raças, entretanto é mais comum na infância. É a doença crônica que mais causa falta escolar.
Vários são os fatores desencadeantes: Alérgicos (poeira domiciliar, ácaros, fungos, polens, pêlo e saliva de animais); Infecção respiratória viral (resfriados comuns); Irritantes (fumaça  em geral e principalmente de cigarro, poluição do ar, aerossóis etc.); Variação climática como exposição ao frio; Alteração emocional; Medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não hormonal, beta-bloqueadores); e exercícios. Alguns pacientes asmáticos podem apresentar história familiar de asma e ou rinite.
            A asma é uma doença crônica e não tem cura, mas atualmente, com o maior conhecimento da doença e o desenvolvimento de novos medicamentos, temos condições de controlá-la quase que na totalidade dos casos, através de um tratamento preventivo adequado, orientado pelo médico: boa higiene do ambiente físico, fisioterapia, uso adequado de medicamentos antiinflamatórios e/ou broncodilatadores, etc., proporcionando assim uma adequada qualidade de vida.
            O  tratamento da asma é um programa de parceria do médico e o paciente e, ou seus familiares. Orientar o paciente e, ou seus familiares a identificar e evitar os fatores agravantes e desencadeantes especialmente no ambiente domiciliar. Educar e orientar o paciente e, ou seus familiares sobre sua doença para que possa entender o processo de inflamação e a broncoconstrição (estreitamento do brônquico), diferenciando os dois tipos de medicamento. Os de alívio imediato que são os brocodilatadores, os que agem na inflamação e os antiinflamatórios inalatórios para tratamento  de manutenção. Ensinar o paciente a usar adequadamente a medicação.
            O objetivo do tratamento profilático é fazer com que as crises diminuam em número, espaçando o período entre elas, diminuindo sua intensidade, maior facilidade de reversão e, com o passar do tempo, principalmente nas crianças, rareando em número, até como em muitos casos, desaparecerem.

Dr. Bernardo Kiertsman

Diretor do Departamento de Pediatria – ABRA / SP

Chefe do Serviço de Pneumologia Pediátrica
FCM da Santa Casa SP

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ASMA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS: BEBES E CRIANÇAS

          “Bebes chiadores” é a classificação dada freqüentemente a bebes e crianças com manifestações de asma.
A pequena dimensão das vias aéreas predispõe à obstrução principalmente após uma infecção respiratória.
As crianças são mais susceptíveis também a desenvolver episódios de chiado não associados a resfriados. Os dois fatores de risco mais comuns nesses casos são as mães que sofrem de asma e as mães fumantes.
As complicações agudas podem ser problemáticas em bebes e crianças, pois é sempre difícil determinar a gravidade da obstrução das vias aéreas.
Bebes e crianças com obstruções importantes das vias aéreas podem apresentar chiados curto e fraco, alimentar-se dificilmente e ser menos ativas. Em casos mais graves apresentam pouco chiado, sonolência e batimentos lentos do coração. Nesses casos necessitam de socorro imediato.
É importante lembrar que sintomas respiratórios crônicos na infância podem ser causadas por outras doenças.
O controle da asma na infância é a forma mais correta de prevenir o desenvolvimento de um quadro asmático mais sério e prevenir também alterações irreversíveis nas vias aéreas.
Bebes com problemas pulmonares e dificuldades no crescimento devem ser monitorados cuidadosamente.


Prof°.  Dr°. Luzimar Teixeira
Universidade de São Paulo – USP
Instituto Punin de Informação e Referência em Asma - INSPIRA

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Câncer de pele é o mais prevalente no Brasil; saiba como se proteger

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil, para homens e mulheres. Por sua localização, o país conta com altos índices de raios ultravioleta (UV) e, apesar disso, a população nem sempre segue à risca as recomendações para se proteger do sol corretamente.
“Estima-se que houve 120 mil casos de câncer de pele no país em 2010”, afirma o médico Dolival Lobão, chefe da seção de dermatologia do Inca (Instituto Nacional de Câncer). A maior parte deles (cerca de 115 mil) refere-se ao câncer não melanoma, que possui letalidade bem menor que o tipo melanoma.
Os grupos de maior risco são aqueles que possuem pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Tanto que a Região Sul é a que tem maior prevalência de câncer de pele no país. Também estão mais predispostos os indivíduos com histórico da doença na família, além daqueles que já sofreram queimaduras solares, têm dificuldade de se bronzear e apresentam pintas.
Lobão esclarece que o melanoma costuma se caracterizar por pintas escuras, com bordas irregulares, que mudam de cor ou têm o tamanho aumentado. Já o câncer não melanoma é caracterizado por manchas ou feridas que não cicatrizam e costumam sangrar com facilidade. Além de procurar o médico sempre que desconfiar de algo, vale a pena consultar o dermatologista com regularidade para uma avaliação, já que nem sempre conseguimos observar todas as partes do corpo.
Protetor solar
O médico explica que evitar o sol entre 10h e 16h é importante para evitar os raios UVB, associados ao câncer de pele. Mas ele alerta que os raios UVA, que têm a mesma intensidade o dia inteiro, são coadjuvantes dos raios UVB e provocam o envelhecimento da pele. Evitar a exposição somente na hora do almoço, portanto, não basta. “Não existe bronzeamento saudável”, enfatiza.
Além do uso de roupas, chapéu com abas largas e óculos (que protegem os olhos da catarata), é preciso prestar atenção ao uso correto do protetor solar. Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em 2009 indica que a população só usa metade da quantidade ideal do produto, o que significa que o fator de proteção solar (FPS) real também fica 50% menor.
A recomendação é que se use 2 mg de protetor por cm².  Para facilitar, alguns especialistas falam em 5 colheres de chá para o corpo todo (meia colher só para o rosto). É importante aplicar o protetor meia hora antes de se expor ao sol e reaplicar a cada duas horas, ou depois de mergulhar na água ou suar excessivamente. E não se esqueça de pés, mãos, costas, orelhas e pescoço.

Site: UOL
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/02/04/cancer-de-pele-e-o-mais-prevalente-no-brasil-saiba-como-se-proteger.jhtm

05 de fevereiro de 2011 Palestra: A importância da aderência ao tratamento no controle da asma no Circulo Militar Sp

Neste sábado 05/02/2011 das 10:00hs ao 12:00hs acompanhem a palestra sobre A importância da aderência ao tratamento no controle da asma no Circulo Militar em São Paulo.

O que é aderência ao tratamento?
 “Obediência  participativa, ativa do paciente à prescrição médica.”

Dados sobre aderência ao tratamento em geral:

De uma maneira geral, nos idosos, a melhor aderênciaao tratamento diminui em 20% as hospitalizações.  (Balkrishnan R. Clin Therap, 2000)

Estima-se que 20 a 40% dos pacientes não usam todos os medicamentos receitados.
No Brasil, a média de aderência à prescrição médica é  de 52%            
(Fritscher e Chatkin. J Brasil. de Pneum. 2006).

Quais fatores interferem na aderência ao tratamento da asma?             
Falta de informação;  gravidade     subestimada, Posologia; relação médico-paciente
c)         Aspectos culturais; efeitos colaterais
d)         Tipo de inalador; custo

Quais as consequências da falta de aderência?
a) Maior número de exacerbações
            b) Mais visitas a emergências e/ou   hospitalizações
            c) Diminuição da qualidade de vida
            d) Aumento nos gastos do sistema de saúde